Nada de Novo no Front
Um novo filme inspirado no livro do escritor alemão Erich Maria Remarque (1929), esta sendo exibido pela Netflix e deve ser o representante alemão ao Oscar. “Nada de novo no front” (2022) do diretor Edward Berger, relata a crua e desgarradora primeira guerra mundial. O livro é considerado um manifesto anti bélico, muito apropriado para este momento de Guerra da Ucrânia e de divisão política que arrasta o Brasil ao caos. Com a atuação do ator premiado, Daniel Brühl, que interpreta o diplomata que negocia o armistício com a França e que ficou como uma mancha de vergonha e crise no orgulho alemão que potencializou a ascensão do Nazismo na Alemanha em 1933.
O primeiro filme inspirado na obra de Remarque, “All quiet on the Western Front” dirigido pelo estadunidense Lewis Milestone. O filme venceu quatro prêmios Oscar na edição de 1931, como melhor filme, melhor diretor, melhor fotografia e melhor roteiro. Impressionou o mundo no período entre guerras, no auge da crise econômica mundial. Na ascensão dos Estados Unidos como potência mundial e América do Sul ameaçada pelo comunismo e submetida a ditaduras militares inspiradas no nazismo alemão e no fascismo italiano. Em 1979 o diretor Delbert Mann dirigiu o telefilme “Adeus à inocência” tradução livre do título original do livro. Interpretado por Ernest Borgnine, ator de excelência do cinema mundial e por Richard Thomas, que protagoniza John-boy na família Walton, série que fez grande sucesso nos anos 70. A última cena deste filme é impressionante, nos últimos minutos da guerra de trincheiras, no silêncio das armas o personagem distante da guerra, observa e desenha um pássaro e se descuida recebendo uma bala. Um final belíssimo e significativo onde um momento de poesia transforma a vida.
O filme de Berger não é fiel às realizações anteriores, é um filme com cenas fortes e realistas. Uma fotografia muito expressiva e bela, a trilha sonora intensa, as atuações mostram a renovação do cinema alemão que nos últimos anos estava sendo muito influenciado pela imigração turca, porém com temas interessantes como é o caso de “Bem vindos à Alemanha” (2011) de Yasemin Şamdereli ou por “Labirinto de Mentiras” (2015) de Giulio Ricciarelli. O filme tem um excesso de cenas gravadas com drone, porém as imagens são impressionantes, mostrando a barbaridade da guerra e a inconsequência de um patriotismo que leva ao conflito e envolve principalmente os jovens. Em uma frase do oficial da Luftwaffe Erich Hartmann, que resume o conflito. “A guerra é um lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam se matam entre si, por decisão de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam”.
Os dois primeiros filmes podem ser assistidos pelo Youtube e o filme produzido pela Netflix esta disponível pelo streaming.
Por Francisco Lillo
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